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#1215 - 'the end of the end', Paul McCartney

Posted by | Posted on 22:52:00

Paul McCartney fez uma música onde fala como seria "O Fim do Fim", ou seja, o dia em que ele morresse.

Isso me fez pensar: como deveria ser o dia em que eu morrer?

No dia da minha morte, muitos não vão acreditar. Vão achar que é uma das minhas gigantescas piadas. Ou coisa do tipo. Vão achar que eu sumi, mudei de nome, fui pras montanhas (corram para as colinas?).

Alguns vão chorar, e vão ter aqueles que vão falar que, eu sendo quem sou, o melhor seria não chorar, mas contar piadas. E das sem graça que eu costumo contar.

Outros vão ficar bem, e vão se perguntar o porquê disso. Aí vão chegar à conclusão de que não se importam muito, na verdade.

Dali a dois ou três dias, tirando duas ou três pessoas, todos tocarão suas vidas. E não haverá diferença alguma.

Já eu estarei num lugar bem melhor que esse, e me perguntando se eu merecia estar lá.

No fim do fim.

#1214 - 'terceira do plural', Engenheiros do Hawaii

Posted by | Posted on 23:26:00




Até quase o final da quinta temporada de House, eu resenhei cada episódio da série do médico interpretado por Hugh Laurie, até que o passei para Chris Marques, que o faz de forma mais elegante, apaixonada e rápida que eu, lá no Fala Série.

Mas não pude deixar de pensar em tanta coisa que aconteceu no final da quinta temporada e começo da sexta.

Devo avisar que, a partir daqui, não pretendo me conter em comentar possíveis SPOILERS, ou seja, acontecimentos que não foram ao ar na TV aberta (uso como parâmetro a TV aberta, já que todos possuem acesso a ela).

No final da quinta temporada, House percebeu que seu uso exagerado de Vicodin chegou ao ponto dele ficar viciado e tendo alucinações extremamente complexas, como uma noite com Cuddy (Lisa Edelstein) e, em um pedido de ajuda, é levado por Wilson (Robert Sean Leonard) para uma clínina psiquiátrica. Enquanto Wilson, um verdadeiro amigo, o leva até lá com desolação, todos os outros estão no casamento de Cameron (Jennifer Morrison) e Chase (Jesse Spencer).

Isso já me fez pensar, em uma fria quinta-feira, o quanto nós todos podemos nos apegar a algo para nos manter em pé. No meu caso, a cafeína. E, desde então, tenho buscado diminuir a quantidade e me tratar de outras maneiras. Estão me ajudando nisso a minha mãe, a minha grande amiga Agnes e outra grande amiga, a minha primeira Padawan.

E aí veio, depois, o começo da sexta temporada, com House na clínica em um episódio especial de 80 minutos (com intervalos, 120), sofrendo, suando e depois tentando ficar melhor também psicologicamente. Descobrindo o verdadeiro amor e o perdendo, ele se vê perdido, quebrado, arrasado. Quando vê que não existe saída a não ser melhorar, ele pede ajuda.

Nisso temos Alfie, seu colega de quarto que possuem transtorno bi-polar, salvo engano, e não quer saber de tomar os remédios e se acha superior a tudo aquilo. Ele sim me chamou a atenção. House o deixa furioso quando ouve do médico que a única saída é, sim, aceitar a terapia e encarar a opção de ficar melhor.

Quando Alfie vê House indo embora, feliz mesmo sem saber que mundo o aguardaria (e isso, por si só, é uma premissa extremamente interessante), Alfie procura a médica e pede por seus remédios. “Eu quero ficar melhor”, diz ele.

O que nós todos podemos fazer para ficarmos melhores, para sermos melhores? Buscar esquecer rusgas e mágoas, tentar viver da forma mais natural possível, sermos mais sinceros e amigos? O que nos custa, aliás, um pouco de cordialidade? Hoje em dia parece que o que importa é só continuar subindo, sem notar que, enquanto subimos uma escada, do outro lado pode haver uma ladeira na qual cairemos.

Séries não foram feitas apenas para nosso entretenimento. Fico feliz quando alguma série me dá a oportunidade de pensar, refletir no meu eu e na evolução que devo buscar.

#1213 - 'livin´ la vida loca', Ricky Martin

Posted by | Posted on 23:25:00


Jurei para mim mesmo que ficaria afastado da maioria das séries da atual temporada 2009/2010. Mas não consegui totalmente, até mesmo por querer experimentar e testar o que todos falam.

Duas séries se destacaram dentre as novas: Glee e The Vampire Diaries, da Fox e CW, respectivamente.

Glee eu assisti dois episódios por pedidos de amigos, que disseram que é sensacional, a nova revolução e todo aquele bla bla bla que vocês devem imaginar. Vampire Diaries eu assiti cinco episódios na casa do meu irmão, enquanto jogava Scarface. É, eu consigo fazer isso. Aliás, Scarface só melhora conforme você evolui, e eu decidi primeiro destruir todas as gangues para depois evoluir.

Enfim.

Glee é sobre um professor de espanhol que decidiu reativar o clube do coral da escola (o Glee Club) e, para isso, acabou contando com a falta de apoio do diretor e com um belo grupo dos considerados “losers” em colégios americanos. Entenda que lá existem os grupos e, claro, o preconceito com aqueles “diferentes”. O cadeirante, o fashion, a gordinha, a cantora. Todos eles foram parar em Glee, e a vontade do professor é até de superar o time de líderes de torcida. The Vampire Diaries conta a história de uma moça, Elena, que conhece um rapaz no colegial e se apaixona por ele, sem saber que ele é um vampiro. Seu irmão logo aparece disposto a conquistar a moça mais para enfrentar o caçula.

Glee é do mesmo criador de Nip/Tuck e Popular, o que me assustou muito. NT é uma série muito estranha e bizarra a ponto de eu nunca ter tido vontade de ver dois minutos, e Popular era bem teen e boba. The Vampire Diaries é da CW, emissora de pérolas como Gossip Girl, 90210 e a novíssima Melrose Place. É, eles possuem dois remakes de séries teen dos anos 90 (Barrados no Baile e a primeira Melrose Place).

Glee tem alguns números musicais interessantes, mas é tudo muito inverossímil, como a líder de torcida linda e safada que, subitamente, vejam só, sabe cantar porque o namorado, capitão do time de futebol americano que zoava os “losers”, descobriu que adora cantar, principalmente com a morena lindinha com quem divide os vocais principais. Rehab, da Amy Winehouse, é interessante nesta versão, mas que coral de colégio seria permitido a cantar isso? Gold Digger e Le Freak, então, nem se fala.

Apresentando os personagens, achei tudo raso demais, simplista demais, e sempre querendo trabalhar aquele lado de “os losers superando tudo”, mas cai tudo naquele clichezão que cansa e não leva a nada. Ficaram com medo de ficar algo muito crítico e, nisso, caíram em um novelão teen que não tem uma vivacidade colorida de alguma série do Disney Channel nem o estilo de vida impossível de ser realista de um 90210, por exemplo, onde um rapaz de 16 anos dirige um Lamborghini. Ele pode ser filho do Rei, mas quem dá um Lamborghini para um adolescente destruir?

Enquanto Glee, do qual eu esperava alguma coisa, me decepcionava, devo dizer que Vampire Diaries me surpreendeu. Para entender, lembre-se ou saiba do que se trata True Blood: mulher se apaixona por vampiro numa cidade pequena e tem várias pessoas com poderes estranhos ou sobrenaturais, envolto em muito sexo e sangue.

Vampire Diaries é True Blood Teens.

A trama segue a mesma estrutura, sem a fala tão caracterizada (afinal, eles querem um inglês certinho para vender para fora) e, claro, sem o sexo (um beijinho até vai, uma incitação também). Mas tem a moça, tem vampiros, tem pessoas com poderes e tem reviravoltas de personagens nos quais apostávamos baterem as botas. Tem uma clima denso, como algo envolvendo vampiros tem que ter (foi um dos dois acertos de Crepúsculo, aliás), e um tanto quanto mórbido quando Ian Somerhalder, de Lost e Smallville, aparece como o irmão maligno que tem orgulho de ser vampiro.

Não sei se Vampire Diaries promete, mas bem mais que Glee. Não pare de acreditar.

#1212 - 'across the universe', Beatles

Posted by | Posted on 23:21:00


Devo confessar que não assisto Mtv como fazia antes. Antes era o tempo todo. Todos os programas legais estavam lá, como Casa da Praia, por exemplo. Agora tudo se resume a blocos de videoclipes e programas de comportamento.

Mas uma coisa me surpreendeu nestes últimos tempos.

Como se sabe, a Mtv completou 19 anos neste ano, mais precisamente em agosto. Um feito, claro. Mas ano que vem ela completa 20, algo mais incrível ainda. Mas não podemos ignorar 19 anos.

Para comemorar, a Mtv decidiu reprisar todas as vinhetas bacanas e não-bacanas dos 19 anos de existência no Brasil. Resgataram lá dos arquivos todas as maluquices que o departamento de promo já criou malucos de alguma coisa. Não me entendam mal, mas aquela galera só sabe criar coisas malucas MESMO. E ganham pra isso.

Com isso tivemos o retorno de coisas bem legais e outras nem tanto. E o pior é que tudo isso começou entre setembro e outubro. Ou seja, comemoraram o aniversário da Mtv Brasil pelo menos um mês DEPOIS do aniversário em si. Se fosse antes, eu entenderia... mas depois? Qual a lógica?

Lembrando do histórico da Mtv, devemos então ressaltar que, para serem sempre cool entre determinada faixa etária, eles esqueceram a lógica faz tempo. Os tais programas de comportamento, por exemplo, em nada poderiam ser ligados a uma emissora chamada MUSIC Television.

Mas, se você quer música, vai no YouTube. Eles mesmos indicam.

#1211 - 'el diablo de tu corazón', Fito Paez

Posted by | Posted on 23:19:00

Como foi seu Feriadão de Finados?

Antes que você responda, eu digo que o meu foi muito bom.

A família ficou desfalcada, já que Carla foi trabalhar e Tatiane, César e Ana Elisa viajaram para Santo Antônio de Posse. Mas o Sol resolveu aparecer, o que é algo inóspito em Dias de Finados.

Não, não fui ao cemitério. Acredito que essa cultura de só ir a um cemitério ver o túmulo de um ente querido no dia 2 de novembro é idiota. Eu vou durante o ano, mais de uma vez.

No sábado houve algo engraçado, já que minha mãe e eu tínhamos compromissos pela manhã e o dela, na teoria, seria 10 vezes mais rápido que o meu. Foi o contrário. No final, eu que fui ao encontro dela no Paço Municipal.

Daí fui pra casa do Fabrício onde, já contei, vi The Vampire Diaries, um pouco de Sons of Anarchy e joguei Scarface.

Domingo, tradicionalmente dia de missa, foi diferente porque, com aquele Sol e a vontade de não me estressar com nada, fui com minha mãe no Parque Duque de Caxias, o qual a Prefeitura renomeou como Parque Prefeito Celso Daniel. Mas continuo chamando de Duque. Colina verde, peixes grandões comendo ração e... logo teríamos de ir embora, porque 13h eu tinha retiro dos Catequistas de Crisma.

Pelo menos o almoço foi frango.

O Retiro foi bom porque o grupo todo se conhece bem, e o “Palestrante” (coloco entre aspas porque ele não fez uma palestra, mas um debate) foi o Luciano, que conheço desde... desde... bom, faz tempo. Seguido dele veio a Cecília, a “chefa” de nós Ministros, que fez uma Adoração ao Santíssimo muito boa, e todos eles ali estavam precisando de um pouco de paz.

Para completar, que tal um cineminha? E fomos ver Bastardos Inglórios, o novo petardo de Quentin Tarantino, o gênio de Kill Bill. Mas devo dizer que achei o filme muito parado. Vendido como algo extremamente violento, teve muito pouco sangue e muitos diálogos de vários e vários e vários minutos que, ao final, não construíram a tensão suficiente. Segundo críticos, Tarantino se deixou levar quando falaram que ele é especialista em diálogos sagazes e, nessas, fez um filme cuja primeira metade é sonolenta (literalmente). Nem Mélanie Laurent, a bela Shosanna (Tarantino pelo jeito ficou amigo de George Lucas para criar nomes. Lucas criou o Sifo Dias e o Conde Dooku, lembram?), salva tanto, apesar da bela montagem dela se preparando para a grande noite ao som de David Bowie (dane-se que é Segunda Guerra. É Bowie!).

Segunda-feira, na ressaca do cinema, fomos passear no Parque Central, que não possui tantas árvores mas é maior. Quem curte o amarelão lá de cima vai curtir o PC.

De lá, almoço básico (virado – afinal, é segunda-feira), e fui para a Missa de Finados, onde fiquei encarregado da Secretaria para vender velas. E quem disse que eu tive um momento pra respirar ali?

Se você acha que o feriadão acabou por aí, enganou-se, já que Finados também é o dia de aniversário da minha Vó, e fomos todos pra lá, inclusive a trupe da Tatiane, já de volta. É aquilo de torta salgada, bolo cheio de glacê e ficar conversando à mesa da cozinha sem olhar pro relógio.

Só a noite lembrei que, vejam só, o dia seguinte era um dia normal, cheio de trabalho me esperando.

Mas a noite não tem Sol nem parque nem bolo mesmo...

#1210 - 'nasci orixas', Orixas

Posted by | Posted on 23:17:00

Dia 25 de outubro é o Dia da Juventude.
Para comemorar, a Diocese de Santo André organizou um evento no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo para comemorar as datas com os jovens. A frente do evento estavam os Diáconos, que chamaram amigos, como meu amigo Felipe, para ajudar.

Pois bem.

O evento, que aconteceu no próprio dia, um domingo, começou às 10h30 com a Missa, celebrada pelo Padre Renatinho. Terminou mais ou menos 12h30. Eu cheguei nesse horário, juntamente com Marcelo, Fabiana e Lucas Augusto, já que tínhamos outras obrigações lá em Utinga.

Daí pro almoço foi um pulo, e qual a surpresa em ver que a tenda de Adoração estava ao lado de uma tenda onde tocava um putz-putz incessante. Ok, vamos passar...

Devo dizer que não gostei muito da parte da tarde, com peças de teatro que mal compreendíamos. A Banda Gângster até animou e foi bacana, mas daí a turma toda já estava deitada pelas cadeirinhas, tirando uma pestana.

O grande lance mesmo foi às 17h, quando começou a Adoração ao Santíssimo no meio do Ginásio. Para quem não sabe, Adoração é quando o Corpo de Cristo é colocado no Ostensório, objeto que serve para expô-lo para que todos possam rezar pra Ele e tudo mais. A Adoração foi celebrada pelo Padre Wanderlei Ribeiro, salvo engano.

Eu não vou contar com exatas palavras o que aconteceu a partir daí porque isso envolveria termos nos quais você, caro leitor, cara leitora, pode não acreditar fielmente, o que dificultaria a manutenção de sua credulidade na história.

Beatriz, moça do mesmo Grupo de Jovens que eu, estava chorando bastante. Muito mesmo. Não cabe a mim julgar pelo que ela está passando, e pelo que estaria rezando. E eu sabia que devia ajudá-la.

Para me preparar, rezei um pouco próximo ao já citado Felipe, também Ministro (mas ele, além da Eucaristia, também é da Palavra, e muito bom). Chamei a Bia e a abracei e usei todas as palavras que ela precisava ouvir naquele momento.

Como eu já disse, não vou poder dizer COMO eu sabia tais palavras envolvendo termos complexos, então vamos dizer que não era só eu quem estava falando com ela através da minha voz.

Naquele momento houve uma intensa paz e tudo ficou bem. Nós ficamos bem, e unidos. Fomos receber a bênção do Padre e continuamos ali, juntos. Não falo algo no sentido romântico (apesar de que não teria problemas, Beatriz é uma bela moça), mas sim com as almas unidas. E aquilo foi bom pra nós dois, de uma forma que não dá pra expressar nem comparar.

E fiquei com essa ligação intensa com ela por mais três dias. E gostei disso.

Foi isso que aconteceu naquele domingo, Georgia.