(Você não está contando errado. O #726 está no meu blog antigo.)

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Antes de tudo, um vídeo sensacional.




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Acabei de passar pelos canais e ver uma coisa bizarra no programa do Gilberto Barros.

(Aliás, o Gilberto Barros é um Silvio Santos que ganha no concurso de comer tortas dizendo "piracicaba" sem empelotar tudo na boca.)

Uma dupla "sertamântica" (sertaneja + romântica) - ou seria "emoneja" (emo + sertaneja)? - foi lá cantar seu mais novo SUCESSO (denominado pelo Barros): "Eu te amo Meu Brasil".

Entram algumas moças de trajes sumários com as cores do Brasil e bolas de futebol.

- Adoro meu Brasil de madrugada... TODO MUNDO!
- La la la la!

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Pô, o mais legal na versão original é justamente uma música que - hoje em dia podemos falar - foi forçada.

"As praias do Brasil ensolaradas", "as mulheres aqui têm muito mais amor"...

Pra quem não sabe, essa letra foi escrita sob encomenda dos militares que comandavam as terras brazucas durante a ditadura, e foi gravada como um "hino popular", para que o povo ignorasse aqueles "comunistas revolucionários barbudos e feios" e lembrasse que o Brasil é um país rico e lindo, sem problema algum.

Eu tenho no pc a versão d´Os Incríveis, e ela já começa denunciando que é tudo uma farsa: antes de entrar o instrumental vem uma voz de fundo gritando "Escola!".

A letra é entoada num ritmo monótono, as vezes chato, e com um coro no refrão que mantém o mesmo tom. E a música ao fundo é com uma bateria ligeiramente semelhante ao tambor de um Exército.

"No Carnaval os gringos querem vê-las" - Catzo, é ISSO que deve ser enaltecido?!?

Enfim, se for pra regravar, regrave alguma besteira, e não uma música que tem passado histórico. Se for pra regravar coisas como "Eu te amo meu Brasil", respeite este passado de alguma forma. Nem tudo é motivo pra show.

E se você quer qualquer "lalalala" nesse ritmo, pega a tartaruguinha da Brahma - toda a campanha dessa época tem o "lalalala" no mesmo ritmo, mas pra vender cerveja.