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#1213 - 'livin´ la vida loca', Ricky Martin

Posted by | Posted on 23:25:00


Jurei para mim mesmo que ficaria afastado da maioria das séries da atual temporada 2009/2010. Mas não consegui totalmente, até mesmo por querer experimentar e testar o que todos falam.

Duas séries se destacaram dentre as novas: Glee e The Vampire Diaries, da Fox e CW, respectivamente.

Glee eu assisti dois episódios por pedidos de amigos, que disseram que é sensacional, a nova revolução e todo aquele bla bla bla que vocês devem imaginar. Vampire Diaries eu assiti cinco episódios na casa do meu irmão, enquanto jogava Scarface. É, eu consigo fazer isso. Aliás, Scarface só melhora conforme você evolui, e eu decidi primeiro destruir todas as gangues para depois evoluir.

Enfim.

Glee é sobre um professor de espanhol que decidiu reativar o clube do coral da escola (o Glee Club) e, para isso, acabou contando com a falta de apoio do diretor e com um belo grupo dos considerados “losers” em colégios americanos. Entenda que lá existem os grupos e, claro, o preconceito com aqueles “diferentes”. O cadeirante, o fashion, a gordinha, a cantora. Todos eles foram parar em Glee, e a vontade do professor é até de superar o time de líderes de torcida. The Vampire Diaries conta a história de uma moça, Elena, que conhece um rapaz no colegial e se apaixona por ele, sem saber que ele é um vampiro. Seu irmão logo aparece disposto a conquistar a moça mais para enfrentar o caçula.

Glee é do mesmo criador de Nip/Tuck e Popular, o que me assustou muito. NT é uma série muito estranha e bizarra a ponto de eu nunca ter tido vontade de ver dois minutos, e Popular era bem teen e boba. The Vampire Diaries é da CW, emissora de pérolas como Gossip Girl, 90210 e a novíssima Melrose Place. É, eles possuem dois remakes de séries teen dos anos 90 (Barrados no Baile e a primeira Melrose Place).

Glee tem alguns números musicais interessantes, mas é tudo muito inverossímil, como a líder de torcida linda e safada que, subitamente, vejam só, sabe cantar porque o namorado, capitão do time de futebol americano que zoava os “losers”, descobriu que adora cantar, principalmente com a morena lindinha com quem divide os vocais principais. Rehab, da Amy Winehouse, é interessante nesta versão, mas que coral de colégio seria permitido a cantar isso? Gold Digger e Le Freak, então, nem se fala.

Apresentando os personagens, achei tudo raso demais, simplista demais, e sempre querendo trabalhar aquele lado de “os losers superando tudo”, mas cai tudo naquele clichezão que cansa e não leva a nada. Ficaram com medo de ficar algo muito crítico e, nisso, caíram em um novelão teen que não tem uma vivacidade colorida de alguma série do Disney Channel nem o estilo de vida impossível de ser realista de um 90210, por exemplo, onde um rapaz de 16 anos dirige um Lamborghini. Ele pode ser filho do Rei, mas quem dá um Lamborghini para um adolescente destruir?

Enquanto Glee, do qual eu esperava alguma coisa, me decepcionava, devo dizer que Vampire Diaries me surpreendeu. Para entender, lembre-se ou saiba do que se trata True Blood: mulher se apaixona por vampiro numa cidade pequena e tem várias pessoas com poderes estranhos ou sobrenaturais, envolto em muito sexo e sangue.

Vampire Diaries é True Blood Teens.

A trama segue a mesma estrutura, sem a fala tão caracterizada (afinal, eles querem um inglês certinho para vender para fora) e, claro, sem o sexo (um beijinho até vai, uma incitação também). Mas tem a moça, tem vampiros, tem pessoas com poderes e tem reviravoltas de personagens nos quais apostávamos baterem as botas. Tem uma clima denso, como algo envolvendo vampiros tem que ter (foi um dos dois acertos de Crepúsculo, aliás), e um tanto quanto mórbido quando Ian Somerhalder, de Lost e Smallville, aparece como o irmão maligno que tem orgulho de ser vampiro.

Não sei se Vampire Diaries promete, mas bem mais que Glee. Não pare de acreditar.

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