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#1208 - 'radiofobia #16', Leo Lopes e Guilherme Briggs

Posted by | Posted on 23:32:00

"O homem mais sábio subiu na montanha mais alta, e todo o povo da aldeia parou para escutar."

Quando se fala de Orlando Drummond, eu lembro desta frase de um texto que, sinceramente, nem lembro de onde saiu.

Dizem que o homem mais sábio é aquele que enxerga inúmeras possibilidades, vê várias direções e sabe qual é a melhor. No caso de Drummond, cada possibilidade é uma vida inteira, é um universo inteiro que ganha vida através não só de sua voz, mas de sua energia, de sua interpretação. Cada direção tomada é mostrada e todas elas vivem em constante combate de fascinação, sempre terminando em empate. Não dá para saber qual é a melhor, até porque provavelmente uma "melhor" não existe. Existem as divertidas... e as muito divertidas.

Drummond é um saco de ossos, ou um saco de pelos alienígena. Ou um cachorro policial ou um cachorro detetive. Ou um mordomo de um lugares de seres que não existem ou um marinheiro briguento mas apaixonado. Pode espirrar, se transformar em gato guerreiro, impedir adolescentes de voltar pra casa, tentar fazer sopa de seres azuis ou de mutantes...

Não importa. Em cada uma destas vidas, Drummond não deixa de ser incrível e, por consequência, seus personagens, seus amigos.

O que mais podemos fazer além de agradecer?

É muito simples: vamos ser o povo da aldeia e simplesmente dar a atenção merecida a todo o trabalho que Orlando Drummond já realizou e ainda realizará.

Obrigado, Drummond. (Mas já pode descer da montanha.)

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