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#1266 - 'Máquina do Tempo #97

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ULTIMATE FALA SÉRIE SCHIAS #2 - A NÃO-FÓRMULA DE 90210

Ok, isso deve soar bizarro... o fato de eu escrever sobre 90210.

Para dizer: 90210 é uma continuação de Barrados no Baile, cujo nome original é Beverly Hills 90210.
A franquia já teve Beverly Hills 90210, Melrose Place e Models Inc. E aí a CW teve a ideia de revitalizar isso.

90210 trouxe uma mistura de novos personagens com alguns já conhecidos.
Kelly Taylor, interpretada por Jennie Garth, agora é conselheira do colégio, e Brenda Walsh, interpretada por Shannen Doherty, dirige a peça de teatro.
Ao mesmo tempo foram apresentados novos personagens, como os irmãos Wilson, filhos do Diretor e protagonistas da primeira temporada.
Uma série de enredo previsível, fraquinho.

Até que eles decidiram usar a "Não-Fórmula".
Mas o que seria a Não-Fórmula?

É quando você conhece tão bem todos os elementos conhecidos de uma fórmula que os utiliza para descontruí-los. E foi o que fizeram.
Os pais dos Wilsons, Debbie e Harry, ganharam plot próprio, saindo por alguns minutos dos adolescentes, para então justificar a saída de Harry. Rob Estes foi dispensado da série. Com isso, uma das premissas de séries jovens que é ter sempre os pais para manter a noção de hierarquia e constância, se perde.
Vejam que a primeira coisa que eles começaram a matar foi a constância.

Annie Wilson, interpretada por Shenae Grimes, chegou como a protagonista, que se envolve com um rapaz que já tem namorada e tenta se adaptar àquela sociedade. No final da primeira temporada, é ridicularizada e, desde então, começa a se tornar uma espécie de vilã/anti-heroína.
Annie se envolve até mesmo com um psicopata, com traços claros de loucura, e foge de toda autoridade ou ajuda, até que, claro, veio a lição de moral. Mas seu tempo de tela só diminuiu com o passar dos episódios.
Nisso caiu a protagonista.

Naomi Clark (AnnaLynne McCord) seria o terceiro elemento: a vilã. Namorada de Ethan (já falo dele), seria a antagonista de Annie, mas as duas se identificariam um pouco.
Com o problema de não se ter mais a protagonista, Naomi perdeu a função que tinha, e passou a ser um alívio cômico, com planos e tudo mais, para no final da segunda temporada ser o foco do drama com sua irmã.
Você passa a ter dó de quem era vilã.

Ryan Matthews, o professor, que na primeira temporada era outro exemplo de autoridade, passou vários episódios sem nem contracenar com os alunos, e passou a ter tramas próprias que se passavam no bar.
Série teen. No bar.

Sobre os personagens da primeira temporada, eles começaram a mudar de uma forma absurda.
Erin Silver (Jessica Stroup), a geek que curte cinema, revela ser bipolar. Algo que é totalmente curado.
Navid Shirazi (Michael Steger), que era um nerd que ficava só no jornal da escola, se tornou um dos caras mais legais.
E aí Adrianna (Jessica Lowndes) traz o que mais me fez ver esta Não-Fórmula: os coadjuvantes.
Adrianna começou como uma coadjuvante que deveria ter o arco explorando seu vício em drogas, ter uma overdose, ficar bem e OK, mas se tornou tão boa que ganhou espaço e, em vários episódios, subsituiu Annie como mocinha. Com algumas incoerências típicas desta série, claro, mas enfim.
Liam (Matt Lanter), que seria um bad boy para combinar com Naomi, perdeu sua função quando Naomi deixou de ser a vilã. Com problemas como o padrasto, ele passou a ser o mocinho várias vezes.
Teddy (Trevor Donovan) e Ivy (Gillian Zinser) são mais extremos: criados para arcos específicos para tentar aprofundar personagens e tramas, eles ganharam família, subtramas e, consequentemente episódios para si.

Acabam só perdendo para Gia Mannetti, interpretada (se podemos chamar assim) por Rumer Willis, a filha do Bruce Willis, e sua participação, SEM FALAS, foi anunciada só por conta de seu pai e sua mãe (Demi Moore). Sem anúncio nenhum, Rumer virou fixa, ganhou romance, trama, e tudo mais.
E tudo culmina em Ethan (Dustin Milligan).
Se a mocinha virou vilã e a vilã virou alívio cômico, o mocinho, Ethan, foi demitido. Seu personagem se mudou e pronto.

E, com isso, decidiram não apostar no equilíbrio que é tão comum e os americanos tanto gostam, mas no desequilíbrio, que pode tornar tudo interessante ou ruim.
No caso aqui, ruim.

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