Um menino acha um livro com os dizeres "Os Dossiês de Persimmonia".
Quando abre, tem os dizeres "Começam aqui as lendas, mitos e verdades de Persimmonia e de todos os lugares e pessoas que não deveriam mais existir."
E assim começa.

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Todos na pacata cidade conhecem Layla. Filha da costureira mais misteriosa, porque ninguém via seu rosto desde o dia em que o marido e o filho morreram, com capacetes de Hermes.
Layla sempre andava balançando seus longos cabelos loiros, sempre brilhantes como o Sol. As vezes arrastava sua tímida irmã mais nova, Libby, mas sua principal companhia não falava.
Flores e plantas pareciam ganhar mais vida e mais cor quando Layla as tocava e dizia bom dia. Na Avenida Baker, mantinha um jardim onde antes havia uma estátua.
Então, o livro foi aberto.

- Bom dia, Layla.
Layla olhou assustada. Uma margarida, falando?
- Bom... bom dia.
- Isso você já disse. Estou apenas respondendo.
- V-Você fala?
- Já era hora. Você é nossa amiga, Layla. Hora de abrirmos nosso coração.

Então, do meio do jardim, se ergue uma rosa preta. Layla a observa e a toca. E tudo gira.



Layla acorda, e vê a rosa caída no gramado, mas agora está branca. Ela então olha ao redor.
Não há mais cidade. Somente vê montanhas e vales verdejantes, exalando vida. E vê um rio, até onde vai. No caminho percebe que está descalça. E, ao se inclinar para ver a água...
- Meus cabelos!
Sim, Layla ficara com os cabelos negros. Então uma árvore abriu os olhos.
- Hmmm. Hmmm.
- Hã?
- Shai, Layla.
- O que?
- Desculpe. Acho que não te ensinaram nossos modos. SOu Arvoroso, um Cerejeira.
Layla notou que, realmente, era uma bela cerejeira.
- "Shai" é como dizemos quando uma pessoa amiga da vida está entre nós. Shai, Layla.
- Ah, puxa. E o que devo responder?
- O que seu coração diz?
- Pacoh... Tínio?
- Paco´Tínio. Quer dizer "a vida está em todos nós".
- E como eu sei disso?
- Estes incompetentes que não explicam nada... A rosa que te trouxe implantou estas noções em teu cérebro. É por isso que você me entende.
- E onde estamos?
- Floria.
- Floria? Aqui é outra dimensão?
- Dimensões diversas existem. Umas verdadeiras e outras que não alimentam. Esta é verdadeira. O lugar onde você estava não.
- E por que eu vim?

Arvoroso nada respondeu. Layla sabia que era ali que devia estar.
- Devo salvar vocês.
- A nós e aos pobres que vivem em ouro e morte.
E Layla olhou para cima. Então viu os castelos que reluziam em todo seu ouro da contrução no alto da montanha mais alta. Subitamente percebeu que deveria ir para lá.
Começou então a caminhar.