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#1282- J-Wave Pocket #8

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Um menino acha um livro com os dizeres "Os Dossiês de Persimmonia".
Quando abre, tem os dizeres "Começam aqui as lendas, mitos e verdades de Persimmonia e de todos os lugares e pessoas que não deveriam mais existir."
E assim começa.

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Flores de Trovão
Capítulo 4

Layla acordou.
Estava acorrentada a uma parede de pedras. Tentou, mas nunca foi forte, então não havia chance de se livrar dali.
Sentiu, então, uma mão apertando seu pescoço.

- Meretriz, por que se debates? Assim não vai parar de sangrar.

Layla então sentiu as dores. Sangrava pela boca e por aberturas no abdômem e nos joelhos, onde se via que apanhara até

desmaiar.

- Por que... você... faz isso?
- Não é simples? PORQUE EU POSSO! Agora fique aí que vou defecar em uma tartaruga. Quando voltar, te estuprarei.

Gustaf saiu do local, e Layla não sabia se chorava ou se tentava se manter firme. Decidiu que, apesar das circunstâncias,

uma missão lhe foi dada, então...
As correntes se soltaram com um clarão.

Layla ficou pensando "Eu tenho este tipo de poder?", quando viu o homem alto, de cabelos compridos pretos. Jahor, irmão de

Gustaf.
- Você...
- Não se mexa muito. Gustaf foi cruel com vossos joelhos.
- Você é diferente dele.
- Eu te soltei porque quero resposta.
- Resposta?
- Por que você me lembra minha mãe?
- O que?
- Por que você me lembra minha mãe? O cabelo, o brilho nos olhos...

Jahor não sabia explicar, mas a única referência de beleza e ternura que ele havia tido era sua mãe. A única fonte de amor

naquela família foi a mulher que, quando morreu, deixou todo o reino em tristeza, e sua irmã Henga à margem.
E então Jahor e Layla saem correndo da torre, descendo as escadas como se voassem, até se verem em um campo vasto. Então, um

trovão atinge Jahor, jogando-o longe. Layla dá um grito, e então vê Gustaf voando em sua direção, como se cavalgasse o

trovão. Ele a pega pelo pescoço.

- Gustaf!
- Não pode ver uma vagabunda que já fica todo mole, né Jahor? Pois bem...

Gustaf corta a garganta de Layla, que cai no gramado e já o enche de sangue. Jahor lança um raio do qual Gustaf desvia e

acerta o corpo de Layla. Gustaf então sai gargalhando, e Jahor corre até Layla. Ele a vê, pálida.

- Maldito seja, Gustaf...

Então ele sente uma mão lhe puxando, e então Layla lhe dá um beijo. Jahor fica sem reação quando os dois se separam.
- Viva..?
- Burro foi Gustaf, ao achar que eu morreria junto à natureza.

Layla se levanta com certa dificuldade. Jahor lhe dá apoio. Ela olha para o castelo.

- Eu sempre fui uma moça de paz, mas não gosto que cortem minha garganta. Isto tem troco.

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