Um menino acha um livro com os dizeres "Os Dossiês de Persimmonia".
Quando abre, tem os dizeres "Começam aqui as lendas, mitos e verdades de Persimmonia e de todos os lugares e pessoas que não deveriam mais existir."
E assim começa.

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Seis meses se passaram, e a barreira foi construída. Outros ataques vieram, igualmente contidos, cada vez com mais facilidade. No dia de seu término, houve uma grande festa. Todos comemoraram.
- Agora poderemos nos preparar para os próximos ataques! Hooray!
Nellus se aproxima de Thales, que está pensativo.
- Pensando no que, Thales?
- No meu irmão. Não sei onde George está, e parei de procurá-lo.
- E você... deseja prosseguir.
- Já é hora. Já... passou da hora.

Nisso, Samambus e Dania se aproximam.
- O problema é, meu caro, que tu não irás sozinho.
- Mas...
- Tem tanta gente aqui que nós podemos nos dar ao luxo de uma pequena aventura. Com mais gente é mais fácil achar seu irmão.
Thales olha para Dania, que somente sorri.
- QUando partimos? Amanhã?

E assim, ao amanhecer do dia seguinte (apesar do ceu estar sempre acinzentado), Thales, Nellus, Samambus e Dania partiram por uma estrada de terra, que entra na floresta.
Nellus ia na frente, cortando galhos e arbustos que atrapalhassem com sua espada. Thales carregava suas coisas sem dificuldade. Este tempo serviu para que ficasse mais forte. Samambus fazia observações sobre tudo que achasse curioso. O engraçado é que tudo era curioso ali. E Dania não dizia nada, como sempre.

Caminhando, eles chegam então a uma clareira, que fica no alto de um monte, e de lá é possível ver todos os vilarejos, incluindo a muralha e o farol. Do outro lado, viam um caminho que brilhava. Era feito de prata, e ia até um local que outras montanhas encobriam, mas era possível ver uma torre prateada.

- É a Estrada de Hatha.
- O que?
Samambus se ajoelha, como se isso fosse apurar sua visão. Ele nem olhava para os colegas curiosos.
- A Estrada de Hatha. Muito tempo atrás, se dizia que uma criatura que nenhuma pessoa esqueceria passou por aqui e fez este caminho com a prata de sua armadura protetora. Assim como a torre que podemos ver, que seria onde esta criatura mora.
- Se diziam isso, era uma lenda...
Então, pela primeira vez, Dania falou:
- Era uma lenda na qual sempre acreditei.

Ela pega um medalhão prateado com um símbolo incompreensível e o segura forte com as mãos, como se quisessem arrancá-lo dela.
- Dediquei minha vida a aprender todos os caminhos que Hatha poderia ter percorrido, e estudei todos os mapas e vilarejos que surgiram na minha frente. Samambus conquistou um vilarejo para si, e o chamou de Samambo, quando mostrei este medalhão, que minha mãe nos deu, já que dizem que ele traz o símbolo de Hatha. Hatha é minha vida.

Thales então olha para seu próprio bolso, onde voltou a guardar uma foto que tem do irmão. Dania olha fixamente para ele, como se ouvisse seus pensamentos.
- Se tem alguém que pode nos levar ao seu irmão, é Hatha. Se Hatha está em sua torre, irá guiar-nos.
Thales sorri.

Dania toma a frente.
- Se descermos o morro com calma, chegamos ao caminho de prata com o nascer do Sol. E logo estaremos na torre.

E os quatro partiram, com a confiança de conhecer Hatha.