Um menino acha um livro com os dizeres "Os Dossiês de Persimmonia".
Quando abre, tem os dizeres "Começam aqui as lendas, mitos e verdades de Persimmonia e de todos os lugares e pessoas que não deveriam mais existir."
E assim começa.

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- Desculpe, estamos O QUE?
- Mortos.
Thales, Nellus, Samambus e Dania olham para Hatha. Até Dania perdeu a expressão de admiração.
Foi Thales quem quebrou o silêncio de meio minuto. Se ele tivesse contado os segundos.

- Mortos? Digo... quando nós morremos?
- Você por acaso atravessou uma estrada até chegar em um lugar desolado? A estrada acabou?
- Sim, mas...
- Naquele momento você entrou no Mundo dos Mortos.

Nellus deu um passo a frente.
- Escute, moça, eu não viajava por estrada alguma. E Samambus e Dania vieram de dirigível.
- Ah, nosso velho dirigível...
- Então como essa estrada acabou conosco?
Hatha respira fundo.
- É uma forma de dizer. Todos nós morremos.

Thales pega sua sacola e saca uma arma. Ele a aponta para Hatha. Ela dá um passo para trás.
- O que pensa que está fazendo?!?
- Eu vim até aqui procurando meu irmão. Você é como uma lenda para essa bela moça. E você diz que estamos mortos? Que é tudo inútil? Bom, de onde vim temos uma lei:

não morra e carregue uma arma. E, caso morra, leve a arma com você. Adivinhe: eu tenho uma arma.

Thales começa a andar com a arma apontada para Hatha, que continua andando para trás. Ele então dá um tiro. Hatha ajoelha no chão, mas logo se levanta.
Não estava ferida.
- Não te disse? Não pode ferir um morto.
- Vamos tentar de novo.

Thales aponta a arma ainda. Hatha se levanta e volta a andar pra trás.
Nisto, eles saem do castelo. Thales atira de novo. Hatha cai e começa a sangrar.
Todos se aproximam, surpresos.
- Você está viva, Hatha. É este castelo. O castelo nos deixa mortos.

Hatha começa a se arrastar de volta para o castelo. Nellus olha para Dania.
- Desculpe, querida, mas esta é uma maluca.
Dania respira fundo.
- Vamos embora. - ela diz.

Os quatro saem, deixando Hatha se afastando. O caminho de prata não brilhava tanto.
- O que nos resta?, diz Nellus.
- Achar meu irmão.