SÉRIE DE POSTS SOBRE O FINDIE - 5

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4:: #800 - 'good day to die', Travis [Escola de Desenho]

A Garota Da Vitrine.
Um drama escrito pelo Steve Martin, o mesmo de comédias como Doze É Demais. Aliás, um drama escrito por Martin, baseado em um livro do mesmo Martin.

Como eu sempre digo: Parece piada, mas não é. Não só não é piada como é muito bom.

Filme com a Claire Danes já sai ganhando, e este filme, um drama com pitadas de romance, a coloca em destaque quando joga o holofote em alguém que está vazia, no meio do nada. Uma boa demonstração disso é quando a mostram em sua estante de luvas na loja de departamentos, sozinha, sem ser procurada, no meio da loja.

Em um mundo tomado pelo verde e pelo rubro (incluindo seus vestidos e seu cabelo, remetendo até a So-Called Life), é triste, solitário, pobre de existência, talvez refletindo nossas vidas sem propósito, sem certezas, sem vontades.

Aí temos Jason Schwartzman como o relaxado sem dinheiro que aparece em sua vida e lhe oferece uma noite sem diversão e sexo sem tesão. E temos o Martin, o mesmo Martin, como um rico empresário triste e impessoal que, ao contrário de Danes, vive em um mundo azul e branco.

Porém, embora sua vida fosse solitária, Danes vivia com verdes e rubros fortes, setentistas, que indicavam um sangue que corria rapidamente por suas veias. Martin, por outro lado, tinha um branco hospitalar, e um azul tão frio e impessoal como ele mesmo. Schwartzman não tinha cores porque seu cérebro trabalhava com todas.

Martin me surpreendeu positivamente. Gosto de dramas, principalmente daqueles simplistas que te pegam pelos diálogos, e os diálogos são fortes, diretos, de matar. A frase "Por que você não me ama?" em si fala de amor, de desespero, de medo da solidão.

Não vou contar o resultado. Até porque você pode imaginar qualquer final, que todos serão tristes no clima do filme. E, neste clima, sexo não é nada sem amor, amor não é nada sem coração, coração não é nada sem sangue...e o sangue sempre será rubro.

(NO PRÓXIMO POST DA SÉRIE: Refém)