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#862 - 'veraneio vascaína', Capital Inicial

Posted by | Posted on 08:59:00

Pois é, shame on me.

Uma semana sem postar é muito tempo, eu sei. MUITO tempo.

Mas não tenho parado de pensar em como a sociedade é engraçada.

A mesma população se mobiliza por conta de um jogo "interativo" e de uma sociedade que repudiam mas adoram.

É muito fácil pegar o telefone ou o mouse para votar várias vezes e ajudar o tal "Alemão" do Big Brother.

Enquanto isso, manifestações porque o Bush veio pra essas bandas.

O Brasil copia os Estados Unidos nas coisas mais inúteis, como expressões, mas esquece, por exemplo, do sistema educacional, do sistema político.

Sempre achei interessante o fato de lá existirem somente dois partidos políticos. Aqui fica muito longe? Na prática, não. Temos só três, eu diria. Os outros só são lembrados em alianças eleitorais. Deveríamos reduzir o número de partidos cada vez mais, para que todos tenham mais espaço para expôr suas propostas e para evitar que existam diversas maneiras de desviar dinheiro.

O sistema educacional, onde o jovem faz alguma atividade além de estudar, é bacana, porque evita crianças nas ruas, permite até mesmo uma chance maior dela começar alguma atividade que lhe dê futuro. Aqui no Brasil tentam fazer isso aqui no Estado de São Paulo: algumas escolas estaduais agora fazem o horário 7h-16h, mas infelizmente nada foi pensado a ponto de termos uma infra-estrutura que comporte isso. Os salários são risíveis, a verba destinada é mínima.

E aí as pessoas pegam cartazes de "Fora Bush" e vão protestar, baseados em uma visão monocromática de mundo, onde tudo é culpa dos americanos. Vão me desculpar, mas isso já deveria ter sido deixado de lado lá pelo ensino médio. Os americanos possuem muitos defeitos, sim. Isso não questiono. Mas também possuem várias das fórmulas que garantem a evolução da economia como um todo.

É uma faca de dois gumes. Não podemos sair por aí achando que tudo é de uma só maneira, porque não é. De forma alguma. O fato é que precisamos deixar de ficar apontando o dedo para os outros e começar a apontar para nós mesmos, e o que cada um poderia fazer para evoluir a nossa sociedade brazuca.

E não vale só votar pra salvar o Alemão.


"Mas hein?"

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